Mas falando especificamente do Design Gráfico, sabia que o mesmo está presente em muitos mais elementos e objetos do seu dia-a-dia do que aqueles que tem noção? Os rótulos das comidas que compra foram todos pensados cuidadosamente para o fazer escolher o rótulo X em detrimento do Y. As tabuletas e indicações que vê pela rua foram também pensadas e realizadas de forma a serem fáceis de ler e identificar. Os cartazes na rua, os jornais que lê, os cartões de visita dos seus clientes e fornecedores ou por exemplo na aplicação Uber quando faz uma encomenda.
O Design Gráfico está em todo o lado e muitos de nós nunca se apercebem disso.
“Mas eu pensei que design gráfico era apenas posters e websites”
Cada produto que compramos tem o logo da marca ou algum elemento de design. Por vezes pode ser difícil de ver, mas está lá! Faça um exercício agora mesmo (ou quando chegar a casa) e vá à sua despensa. Pegue num pacote de farinha, vai ver que possui elementos gráficos que nunca reparou antes. Esses elementos são pensados para o levar a comprar antes essa marca e não outra assim como a cor, o tipo de letra e os contrastes importam!
Na verdade, Design não é só uma arte é uma forma de pensar e uma vez aprendida esta forma incrível de pensar, nunca mais verá o mundo da mesma forma. Deixe-nos mostrar-lhe apresentando-lhes alguns dos mais famosos Designers Gráficos do Século XX.
Saul Bass
8 de Maio 1920 – 25 de Abril 1996
Designer Gráfico e vencedor de Óscar, Saul Bass foi melhor conhecido pelo seu trabalho nas sequências de abertura de filmes, posters e logótipos para empresas. Durante os seus 40 anos de carreira trabalhou para alguns dos mais proeminentes realizadores de filmes como: Alfred Hitchcock, Otto Preminger, Billy Wilder, Stanley Kubrick e Martin Scorsese.
Entre alguns as suas melhores sequências de abertura destaca-se The Man with the Golden Arm de Preminger.
Saul Bass foi também autor de alguns dos mais icónicos logotipos empresariais da América do Norte incluindo Geffen Records (1980), Hanna-Barbera (1979), Bell System (1969), AT&T Corporation (1983) após a quebra de Bell System assim como o logótipo das Continental Airlines e United Airlines.
Cipe Pineles
23 Junho 1908 – 3 Janeiro 1991
Designer Gráfica e diretora de arte Austríaca que fez a sua carreira em Nova Iorque em revistas como: Seventeen, Charm, Glamour, House & Garden, Vanity Fair e Vogue. Ficou conhecida por ser a primeira diretora de arte mulher em várias das principais revistas da atualidade assim como recebeu créditos como a primeira pessoa a levar a arte requintada para os média de produção em massa.
Massimo Vignelli
10 de Janeiro 1931 – 27 de Maio 2014
Designer Italiano que trabalhou em várias áreas incluindo embalagem, utensílios para casa, mobiliário, sinalética e design de showroom. Foi o co-fundador da Vignelli Associates com a sua esposa Elella. O seu lema era “Se consegue desenhar (design) uma coisa, consegue desenhar tudo”, o que reflete o amplo número de áreas em que trabalhou.
No seu trabalho destacou a simplicidade utilizando figuras geométricas simples.
Uma das suas criações mais destacadas é o mapa do metro subterrâneo de Nova Iorque, criado em Agosto de 1972, que se tornou um ponto de referência para o Design de Informação Modernista.
Este mapa teve origem nos problemas da década anterior. A meio de 1960 a Autoridade de Trânsito de Nova Iorque enfrentava sérias dificuldades a facultar informações aos utilizadores do metro.
- Sinalética inconsistente e desatualizada que ainda fazia referente a antigas companhias (IRT, BMT, IDN) muito após terem sido absorvidas por uma única entidade pública
- Um influxo de 52 milhões de visitantes para a New York World’s Fair em 1964 destacou as falhas do sistema de informação dos transportes públicos
- Mudanças estruturais da rede de transportes para reduzir estrangulamentos efetivamente mergiram 2 ou 3 das linhas mais antigas.
Para lidar com isto a Autoridade de Trânsito criou a posição de diretor da informação pública e e contratou o antigo jornalista Len Ignalis que começou uma renovação completa da sinalética e mapa do metro de Nova Iorque contratando Vignelli.
No final de 2007 Mark Rozzo, editor da Vogue Homem convidou Vignelli a submeter uma edição comemorativa do seu mapa para uma edição especial de “Clássicos de Design”.
Estes são apenas alguns dos nomes mais sonantes do século XX e apenas alguns dos seus trabalhos com maior reconhecimento. Em suma, o trabalho de Design Gráfico tem importância em todas as áreas, principalmente na Comunicação. Muitas pessoas ainda não têm consciência da importância e da eficiência de um bom trabalho de Design mas por exemplo: a identidade visual da sua empresa faz toda a diferença no que diz respeito à imagem que ela passa ao cliente quando ele primeiro contacta com ela.
Por isso o principal e fundamental trabalho do designer é traduzir em meio visual as intenções e anseios dos seus clientes, da melhor maneira possível num grande conjunto de áreas.